quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Lua Cheia.


A noite estava clara pra caramba, mas não era pra menos, era noite de lua cheia. E estava eu, junto com minhas tralhas, a caminho de Torres, num bus semi-direto, porém super confortável, apreciando o céu e a lua que me iluminava, quando comecei a refletir.

Como pode a lua cheia ser tão vazia...tão sozinha?!

Foi a minha indagação, quando vi seu reflexo que brilhava em nosso caminho, mesmo com ela meio escondida atrás das nuvens. Parece que estas passam por ela sem nem a verem, como se ela não existisse. Tapam sua luz aos poucos, como se fosse algo qualquer.
Não consigo entender como ela pode ficar lá, tão sozinha e brilhar tanto. Parece nunca perder a majestade.
Dona lua que ilumina cidades inteiras, parece esquecer de guardar um pouco do seu brilho para si. Acredito que ela não saiba o tamanho de seu espetáculo, por isso se sente tão sozinha quanto parece.
Acho que de vez em quando lua e sol poderiam se encontrar, para que eles se fizessem companhia e fossem capazes de enxergar o tamanho de seu brilho. Mas eles insistem em brincar de gato e rato. Quando um chega, o outro se esconde.
Acredito que todos nós nos sentimos um pouco como a lua, tão cheios de brilho pra compartilhar que esquecemos de nos iluminar. Esquecemos que não dependemos dos outros para continuarmos brilhando.

2 comentários:

Silvio Pilau disse...

Bom, muito bom. Ótimo ver coisas novas por aqui.

Beijo, preta

Gustavo P. Alves disse...

Sera que se eu entrar naquela caixa louca vou parar algum outro lugar no mundo?
Proxima semana testo...

beijos
*Esse DJ NDM!